domingo, 18 de maio de 2008

Branding

O excesso de fricção dá nisto __________ fosse tudo smiles do live e nada destas coisas aconteciam.
Questão: a tonalidade que pincela o gesso informe dos códigos semânticos é aquilo que o Outro interpreta desses tons ou é aquilo que se pensa estar pincelar? Existe por aí algum pedaço de vidro reflexivo? Se for reflectivo também se aceita...
Coçar faz ferida e friccionar autistamente faz branding.
A ferida deixa marcas - umas passageiras, saradas à laia de vermelhos líquidos e rápidos pensos, outras que nos acompanham, gradualmente dissimuladas, pela vida fora.
Agora o branding não. Primeiro fica em carne viva, depois ganha crosta, depois da saída dessa crosta, fica uma marca, um desenho, algo que, por mais queiramos disfarçar, está lá bem delineado. Não quer dizer que seja muito diferente da ferida, a diferença mora no voluntarismo versus acaso.
As minhas feridas são todas elas nostálgicas. Quanto aos brandings... não chegaram a ganhar crosta.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Num atropelo de imagens, princípios, desejos, receios, lá vou eu a pensar que tenho de inspirar e expirar para que tudo corra bem.

Pânico

O meu tambor tem um ribombear diferente... estranho a todos os sons que já ouvi nele...
Estes sons correm velozmente por todo o tambor: à volta, por dentro, para cima, na diagonal...
Mas onde estes sons se reúnem, como se de um ritual crepuscular se tratasse, é no meio do meu tambor. Bem no meio.
Este meio, que é um centro afinal, está pavorosamente escancarado.
A culpa? Sons vindos de lá ao longe que se sentem bem cá ao perto e teimam em assustar o meu tambor por ele não os conhecer desde sempre...
Pavloviamente reagindo, o meu tambor ribombeia ao compasso do ritual crepuscular dos sons, desmesuradamente, com toda a força, receoso de partir alguma bagueta.